Olá! Como você está? A conversa de hoje é uma continuação. Caso você não tenha lido a anterior, oriento a voltar e fazer a leitura para melhor compreensão.

​   Hoje vamos falar sobre como a ferramenta do diálogo é importante para atingir/aumentar o seu prazer em lugares que, talvez, não tenha acessado. Isso porque o prazer sempre pode aumentar, sempre pode melhorar. O segredo disso são três coisas: a busca de novas sensações e estímulos (falamos no texto passado), o diálogo que busque alinhar as expectativas e desejos (e praticá-los) e, por último, a busca por satisfação do próprio prazer através da autodescoberta.

​   Para iniciarmos esse papo, vale ressaltar que o prazer, que antes e por muitos anos, nos foi negado enquanto mulheres, hoje é validado não somente como algo incrivelmente delicioso de sentir, mas como saúde física e mental. Nós precisamos entender isso para sentirmos que merecemos esse lugar de prazer e não apenas sermos mecanismo de prazer do outro e, a partir daí, buscarmos cada vez mais sensações dentro ou não de relacionamentos amorosos. O prazer vai muito além disso. O prazer é seu!

   ​Pois bem, se você possui um relacionamento amoroso e leu o último texto do blog, sabe que falamos sobre estímulos diferentes e busca por sempre renovarmos as sensações e a excitação do casal, mas como fazer isso? Como colocar um lubrificante com saborzinho para um oral, um excitante para uma relação sexual muito mais prazerosa, onde mulheres tenham maiores chances de atingir o orgasmo, se isso nunca foi feito em tanto tempo de namoro/casamento?

​   Eu sei que se você me acompanha, já respondeu essas perguntas mentalmente: Diálogo. Sim, a primeira forma sempre será dizer que gostaria de experimentar tal coisa ou tal sensação junto com a parceria, colocar na conta do prazer que sentirão juntos, causar curiosidade com a fala e, principalmente, propor a descoberta como uma pergunta e não uma imposição.

   ​É muito comum em homens a fala de que nada mais é necessário no sexo, mas será mesmo? Qual a medida certa do prazer para que não haja mais necessidade de sentir? E quem define isso se o relacionamento é a dois — ou mais? Entende como falar sobre isso é mais importante do que parece? Trata-se também do respeito ao bem-estar sexual da parceria, o que não se confunde com impor ou fazer algo que apenas uma pessoa esteja à vontade, como o sexo anal, o ménage ou um vibrador.

​   A moeda de troca pode até ser uma forma interessante de fazer, mas sempre respeitando limites pré-estabelecidos. Como, por exemplo, você deseja muito um vibrador para uso em casal, mas seu parceiro aceitará o uso caso você aceite a prática anal. Entende que só será uma boa proposta no caso de os envolvidos não terem problemas reais ou traumas com as referidas práticas? (cabe dizer aqui que para o estímulo solo do uso do vibrador, nem pense duas vezes, faz bem para o corpo, para a libido e também para a cabecinha!)

   ​Uma outra maneira de introduzir o que deseja é trabalhar o imaginário da parceria. No uso do vibrador, por exemplo, é possível deixar a parceria vê-la usando ou falar sobre isso pessoalmente ou por mensagens sempre perguntando o que sentiria ao vê-la. A conversa com conotação sexual tem grandes poderes de convencimento com tudo!

   ​Iniciar o uso de sex shop com lubrificantes com efeitos quentes e gelados também é uma forma mais singela de se chegar onde deseja. Comece com bons produtos, podendo ser colocado na boca ou na genitália sem que diga nada. A surpresa também é bastante persuasiva.

​   Portanto, primeiramente entenda que desejos e vontades são naturais e saudáveis para a manutenção do desejo, assim como fetiches mais elaborados — vamos falar sobre isso! O diálogo sempre será a porta de acesso de qualquer coisa dentro de um relacionamento. E, por último, a introdução de forma singela é uma forma inteligente de convencimento, lembrando que nada que se compre em um sex shop visa substituir o que o outro faz e sim aumentar o prazer do relacionamento e o bem-estar sexual da relação!

​Beijoooo